domingo, 19 de julho de 2009

Londres - O dia da chegada...

Foi no sábado, 04 de Julho, de manhãzinha cedo que voámos para Londres... Partimos da Beira Interior para Lisboa de madrugada, não dormimos praticamente nada, senão uns minutos já no avião... Chegámos sensivelmente por volta da hora de almoço ao aeroporto de Luton, tratámos de viajar num dos históricos táxis pretos para a zona do Hyde Park e de encontrar o apartamento que tínhamos alugado, instalámo-nos e fomos passear pela cidade...

Neste dia, não visitámos propriamente nenhum dos locais de culto londrinos, como monumentos, museus, locais históricos, bandeiras da cidade... Quer dizer, é um pouco impossivel passear pela cidade sem passar constantemente por sítios conhecidos, como foi o caso do Hyde Park ou do Picadilly Circus, neste primeiro dia... Mas o que quero dizer é que fomos antes passear pela cidade, respirar o ar urbano da mesma, testemunhar a multiculturalidade, sem nos preocuparmos muito com locais específicos que queríamos visitar, sabendo que o iríamos fazer nos dias seguintes...

Enfim, passámos o tempo boquiabertos a caminhar, a andar dum lado para o outro, a admirar todas as particularidades que distinguem Londres de qualquer outra cidade mundial... Destaque para os milhares de pessoas em tudo o que era sítio, para os mais variados meios de transporte e para a arquitectura da cidade...

Ali, tudo rola a 200 à hora, quer seja a pé, de bicicleta, de carro, de metro, de autocarro... É incrivel como há tanta gente a deslocar-se de bicicleta (até executivos engravatados) numa cidade tão gigantesca, com tantos meios de transporte diferentes, e onde um BMW ou um Mercedes são apenas carros medianos! Ao mesmo tempo, tanta é a gente que faz jogging com os auriculares do MP3 nos ouvidos por plenas ruas londrinas, cheias de pessoas e de veículos a circular por tudo o que são veias e artérias...

A chegada:



A entrada para a nossa casa (com o Paulo e a Nélia a sairem):



A nossa rua:



Algumas ruas por onde andámos neste primeiro dia:











Picadilly Circus, o Covent Garden e alguns barzinhos típicos por onde também passámos neste dia:













Sobre o primeiro dia, o resumo está feito... Uma referência apenas para duas últimas fotografias, relativas aos famosos "look left" e "look right"... Efectivamente, numa cidade onde milhares de pessoas circulam parecendo funcionar a 200 à hora, é incrível como não se vê um acidente... É ver pessoas em corridas desenfreadas, é ver ciclistas malucos a fazerem ultrapassagens loucas a autocarros de 2 andares, é ouvir buzinas constantes de automobilistas desagradados com qualquer situação que os emperre...

É praticamente impossível explicar por palavras a velocidade a que as pessoas se movimentam... Ainda por cima, há a questão de tudo girar ao contrário!!! Circular pela direita, volantes à direita, tudo se nos apresenta duma forma esquisita... Ao princípio, dava-nos até a sensação de que certos carros circulavam sozinhos, sem condutor! A entrada nas rotundas pelo lado errado, enfim... Primeiro estranha-se, depois entranha-se!!! Eu já sabia que quando chegasse a Lisboa ia achar que os tugas é que circulavam ao contrário, e foi mais ou menos o que aconteceu!

Numa cidade onde se circula como já referi, parece existir uma aura protectora em volta de cada pessoa... Por mais perigosa que seja uma manobra no trânsito, por mais perigoso que pareça o simples atravessar duma rua, os londrinos parecem possuir uns sensores especiais que evitam os choques e os acidentes, mesmo parecendo não precisarem de usar os olhos... Eu mesmo testemunhei situações em que pessoas caminhavam, atravessavam ruas, desviavam-se dos carros e das outras pessoas, enquanto simplesmente iam lendo o jornal ao mesmo tempo sem virar o olhar!!!

Imagino que já houve tempos em que os turistas estrangeiros sofriam atropelamentos com frequência devido ao facto de não estarem habituados a que se circulasse "ao contrário" nas ruas... É por isso que termino este post com duas fotos de algo que eu desconhecia, e que é o facto de existirem inscrições para os peões em praticamente todas as ruas que possamos atravessar a pé... E que jeito dão, porque realmente a primeira tendência dum estrangeiro que atravessa uma rua a pé em Londres é olhar mesmo para o lado errado...



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