domingo, 27 de dezembro de 2009

O futuro é azul...

Espero que todos tenham tido um bom Natal... Desejo, do fundo do coração, um 2010 melhor para todos... Eu cá acredito que vai ser um ano azul outra vez! Pelo menos ouvi dizer que temos mais um ponto do que no ano passado, por esta altura... E que há um ano havia uns vermelhos à nossa frente (que não "vinham de Braga") que no final da época (por sinal, quando interessa) lá acabaram por ficar para trás, mais uma vez (consecutiva foi a quarta)... E por isso deixo aqui o segundo melhor postal de Natal que me enviaram...


O melhor, como é óbvio, foi o que o meu amor me enviou... Feito por ela, com os seus dotes informático-artísticos... Mas esse não mostro! Tê-lo-á recebido quem ela entendeu ser digno disso...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Para a minha mamã...


Como disse àcerca duns 35 posts atrás, para mim hoje é dia da mãe... Por isso, aqui vai um beijão repenicado para a giraça da minha mãe, que além de giraça é a melhor pessoa e a melhor mãe do mundo e arredores... Parabéns, mamã!!! Amo-te hoje e todos os dias...

domingo, 6 de dezembro de 2009

Mas que raio de país é este?

Em alguns países, por sinal bem mais desenvolvidos do que Portugal, quando um cidadão maltrata um animal ou não presta assistência a um animal acidentado (principalmente quando o próprio cidadão está envolvido no acidente), essa pessoa incorre na mesma sanção penal do que se actuasse da mesma forma relativamente a um ser humano...

Em Portugal, quando um cidadão tem a infelicidade de atropelar um cão e sai do carro para tentar ver o seu estado e fazer tudo para auxiliar o animal, é confrontado com transeuntes despreocupadamente espectadores que apenas soltam infelicidades do tipo "amigo, não fique assim, não teve culpa nenhuma", "deixe lá, não deve haver nada a fazer", "ele não se deve safar, mais vale levar a injecção"... Isto, depois do bicho ter ficado todo abananado com o embate e ter-se deslocado com bastante dificuldade até à berma da estrada, onde acabou por se deitar e ficar imobilizado à chuva, respirando com profundidade e apenas mexendo os olhos...

O cidadão não se conforma, chama a família mais chegada e com esse apoio consegue forma de chamar um veterinário ao local... O veterinário chega, aparentemente incomodado por o estarem a chatear para uma coisa daquelas a um sábado à tarde, e ainda interroga aquelas pessoas sobre o que é que querem que ele faça...

As pessoas em questão respondem-lhe que não são qualificadas para o efeito, e que por isso o que querem é que seja ele a prestar assistência ao bicho... O veterinário tem a lata de retorquir "pois, e mesmo que o cão se safe, quem é que depois ia ficar com ele?"... As pessoas respondem que isso naquele momento não interessa nada... O veterinário analisa os membros do animal, ausculta-lhe os batimentos, vê-lhe a boca e os olhos... O cão só mexe os olhos e respira com profundidade...

Um transeunte despreocupadamente espectador refere que o cão já deve é estar em sofrimento e que, se calhar, o que mais valia era aliviar-lhe esse sofrimento definitivamente... O veterinário refere que isso é algo que ele até pode fazer ali mesmo, mas lança a interrogação de quem depois fará o quê com o corpo do animal...

A família pede o diagnóstico... O veterinário diz que o cão não parece ter qualquer membro partido, que o pior que pode acontecer é eventualmente ele ter alguma hemorragia interna (que seria fatal)... A família manifesta a intenção de fazer tudo o que possa ser feito pelo animal e lembra o veterinário que ele foi chamado por eles (assumindo essa responsabilidade) para lhe dar todo o tratamento possivel, solicitando-lhe que actue como se se tratasse dum animal de estimação de alguém... O veterinário liga a boca do cão para que ele não morda e dá a indicação à família para que o meta num dos carros e o leve à clínica, sem sequer ajudar no processo... O bicho nem sequer precisaria de levar a boca amarrada, não rosnaria sequer, antes agradecia com o olhar...

Vai caladinho o caminho todo... Quando chega à clínica (positivamente curioso sobre o que iria acontecer), não pode ser logo colocado numa marquesa, tem que esperar um bocadinho logo ao lado da mesma, no chão... Quando o veterinário entra no consultório lá acede a tratar o bicho, colocando-o na marquesa e dando-lhe um analgésico... Rapa-lhe uma pata e deixa-o a soro, num quarto ao lado, deitadinho numa jaulinha própria para o efeito... Há-de lá passar a noite naquele quarto, com a portinha da jaula aberta e uma mantinha cá fora, ao lado dumas folhas de jornal, água e, quem sabe, alguma comida...

Nunca vomitou sangue (ou outra coisa qualquer)... Pode ser que um azar assim até lhe possa significar uma sorte grande a curto/médio prazo...

Cá neste cantinho à beira-mar plantado conseguimos ser muito cruéis, mas ainda temos aqueles para os quais tentar todos os possíveis é a única via aceitável... Força, Faísca...